quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Fotos 2



Eu com o Jonathan à esquerda e Joel à direita - Santa Cruz



De manhazinha eu e Jonathan a 4700 metros de altitude prontos para comecar a descida!



A meio da Estrada da morte numa pausa os trës primeiros do pelotäo!

Fotos 1



Autocarros na Bolívia...



Mirante em La Paz à noite!



Lago Titicaca



O famoso Cuy - no Peru um petisco... na Europa um animal de estimacao...



Os 2 guias malucos do rafting! Muito casticos

Peru - Arequipa

Ir para Arequipa nao foi tarefa fácil. Houve uma greve de camionistas e durante uns dias nao houve autocarros para Arequipa. Decidi entao ir até Desaguadero (cidade Boliviana na fronteira com Peru) num "Auto". Basicamente, um auto é um carro particular que leva as pessoas a troco de dinheiro. Eram 10h da manha e o motorista para além de guiar muito rápido com ultrapassagens de cortar a respiracao, nao parava de por folhas de coca na boca... Parecia cansado e mascar as folhas desperta e dá energia. De Desaguadero nao ha muito a dizer... a cidade parece o Faroeste antigo... Ruas largas de terra com casas de dois pisos de cada lado da estrada. Se me aparecesse de repente o homem que dispara mais rápido que a própria sombra nao me espantava. Com a diferenca de que as pessoas sao tipicamente dos andes... as mulheres com as suas mantas coloridas carregando nas costas as suas tralhas ou mesmo os seus filhos. Cidade cheia de pessoas e movimento típico de uma cidade fronteirica. Depois de algum tempo tratando do carimbo de entrada no Peru apanho entao a camioneta para Arequipa. O caminho é muito bonito. As paisagens da cordilheira dos Andes sempre como cenário de fundo e repentinamente parece-me avistar o mar! Como é possível?!? Claro que nao era o mar mas sim o lago Titicaca! O lago mais alto do mundo e também ex-concorrente a uma das 7 maravilhas do mundo. É tao grande que nem sempre se percebe que é um lago! Chegando a Arequipa sou "resgatado" pelo meu amigo Carlos.
Fiquei 5 dias em Arequipa e penso que deu para perceber a dinämica da cidade. Contrastando com a desorganizacao e sujidade da Bolívia, Arequipa é uma cidade arranjada, muito bonita, cheia de pracas e mirantes com bonitas vistas. Situada a 2300 metros de altitude, a cidade é rodeada por Trës vulcoes inactivos, visíveis de todo o lado. El Misti, Chachani e Pichu Pichu. Fundada por nuetros hermanos em 1540, a "Ciudad Blanca" é assim conhecida por suas construcoes em sillar - rocha vulcänica esbranquicada. Com 1 milhäo de habitantes, a segunda cidade mais importante do Peru é um local pacato e agradável para se viver pareceu-me. As casas nao passam os 4/5 andares, sendo a maior parte moradias. Isto acontece porque a regiäo é sísmica e as pessoas tëm medo de construir edifícios muito altos. Para além das várias igrejas espalhadas pela cidade a cidade possui um mosteiro que realmente é uma obra de arte - Mosteiro de Santa Catalina, onde viveram (e ainda vivem), totalmente isoladas do mundo exterior, algumas freiras. Vivem apenas "rezando e procurando o amor". Parece-me muito estranho e extremo esta forma de demonstrar a sua fé mas enfim. O Mosteiro é uma obra de arte, como dizem os arequipenhos, uma cidade dentro da cidade. Houve ainda tempo para experimentar Rafting no Rio da cidade - Rio Chili. Claro que nao foi dentro da cidade mas sim mas a montante onde a água tem mais corrente. Adorei como é óbvio... embora nao tenha sentido a mesma adrenalina da descida da estrada da morte na Bolívia, gostei imenso do contacto com a natureza, do trabalho de equipa e claro das zonas mais rápidas onde parece sempre que vamos saltar fora!
Agora a gastronomia... Prato mais arequipeño que cebiche ou ceviche (nem eles sabem bem como se escreve) nao há! É realmente uma delícia... Peixe e marisco variado cru muito bem temperado com várias especiarias e limäo, que acaba cozinhando os mariscos com a sua acidez. Acompanhado com batata doce e milho tostado. Depois alguns pratos peculiares e algo estranhos para um europeu... entre eles Cuy. Conhecem os animais de estimacao porquinhos da índia? É um desses!!! O prato vem com o bicho inteiro assado, patinhas e focinho também ahah... comi um, é parecido com frango e segundo dizem é uma carne com zero colestrol e que faz muito bem a saúde. Surreal. Também de destacar a cerveja Cusqueña preta que, devo admitir, é das melhores que alguma vez provei. Inka Kola é um refrigerante peruano e o único a ultrapassar, em termos de consumo nacional, a coca-cola. Sabe a gelatina eheh. Nao me podia esquecer do Pisco! É um licor clássico que, pelos vistos, Chilenos e Peruanos lutam por saber onde apareceu. Acredito que tenha sido no Peru... (se nao dizia isto, o Carlos matava-me! lol).
Finalmente o agradecimento ao Carlos e a sua família. Receberam-me com grande simpatia e fizeram-me sentir, como sempre diziam, como se estivesse em casa. Foram incansáveis nas respostas as minhas perguntas sobre a sua cultura e foi de facto muito agradável jantar, conversar e aprender com todos eles. Muito obrigado.

Infelizmente ocorreram chuvas intensas em Machu Pichu e encerraram a subida para turistas. Ontem, os acessos estavam todos cortados e nao havia garantias de quando voltariam a abrir. Assim tive de mudar a minha rota... Decidi mudar a rota para S.Pedro de Atacama, no Chile, onde me vou encontrar com o Barata, Freitas, Joao Nuno, Pardal e Bino. Estou neste momento em Arica, cidade Chilena que faz fronteira com o Peru, esperando o autocarro as 22h para chegar ao meu destino as 9h30. Nao desisti ainda de Machu Pichu mas complicou a situacao agora... nao sei ainda se vou conseguir, nem quando vai abrir.
Em San Pedro esperam-nos desertos, dunas, salares e nasceres do sol... Será muito bom reencontrar a tropa toda que me espera e com eles divertir-me e conhecer ainda mais do mundo! Amigos, até amanhä!

Aos demais, até já...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Textos Soltos

Quando se está sozinho por vezes escreve-se,

Viagem de Puerto Quijarro - Santa Cruz 19h30 16.01.2010
"Depois de 3 horas a andar sem nada avistar, excepto vegetacao e mais vegetacao, paramos para o "baño" - borda da estrada. Homens e mulheres a fazer as suas necessidades mais básicas de uma forma colectiva. Nao ha rede no telemóvel, queria mandar uma mensagem mas nao posso. Nao ha luz no bus, queria ler mas nao posso. Aproveitei ate agora para ler o livro que trouxe, mas a noite que caiu nao me deixa continuar... Os homens do bus, mascando folhas de coca estao despertos e sempre com pressa. Vou tentar dormir neste fim de tarde..."

Pizaria em La Paz 21h00 21.01.2010
"Cidade Mágica... com um nome tao bonito nao esperava outra coisa =). Porém, desorganizada, caótica nos seus elementos - carros, ruas, bancas, gentes, cores, frutas, mercados, cheiros e tradicoes. Desorganizamente harmoniosa. Organizadamente contraditória. 3680 metros de distância em linha vertical em relacao ao nível do mar, mas nao só. Distância social e económica em linha vertical a todos os países onde já tinha estado até hoje. Primeiro copo de vinho tinto desde a partida. Primeira bebida acompanhada apenas pela caneta e bloco. E que companhia fazem! A companhia sueca e brasileira (que mais tarde se agregou) foi excelente, mas agora que me encontro de novo comigo mesmo, com os meus timings e vontades, sinto-me bem. O tempo multiplica-se, os pensamentos também. A atencao aos pormenores volta e o dia rende mais. Pizaria cheia, vela acesa e repentinamente um senhor Boliviano brinda-nos com um tango ao vivo. Tocado, entenda-se. Maravilhoso. Copo meio cheio, aliás meio vazio porque para lá caminha. Menos 1 centímetro de vela, mais 3 minutos de música argentina interpretada bolivianamente.
Um escrito, um momento, uma boa experiência."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DEATH ROAD - a estrada mais perigosa do mundo!

Ontem tive um dos melhores dias desde que comecei a viagem. Aventuramo-nos a descer a estrada de morte, conhecida pelos recordes mundiais de fatalidades. Hoje em dia a estrada encontra-se desativada para carros e pesados mas quando estava em funcionamento matou, infelizmente, muita gente. Nao sei ao certo se alguem morreu ao descer de bicicleta mas se tivesse que apostar, pelo que vi, diria que sim. Fizemos a descida com um guia que nos levou de camioneta ao ponto inicial a 4700 metros de altitude - duas pedaldas e ficavamos logo ofegantes. O grupo era constituído por mim, os 2 suecos, 4 brasileiros, 2 argentinas e um casal que nao cheguei a saber a nacionalidade. Claro que os zucas trataram de por toda a gente em contacto, sempre extremamente comunicativos. Na subida até ao pico inicial sentia-se alguma ansiedade, falava-se de comprimidos para as alturas (que nunca tinha ouvido falar) e de como seria o percurso. Nós os tres estavamos na espectativa e cheios de sono - alvorada as 6h30 com algumas cervejinhas na noite anterior. Chegamos, equipamos e comecamos! Cedo se percebeu quem seria o pelotao da frente - a tripla claro =) inicialmente faz-se uns 20 kms em asfalto para ambientar. Um gelo de matar e com a velocidade nem se sentia a cara e, mesmo com luvas, as maos. O guia Christian era muito castico e sobretudo rapido o que para nos foi optimo. O cenário era absolutamente fantástico! Os picos dos montes a volta estavam cobertos de neve e nos ali naquele silencio a descer de gás a montanha. Mas a aventura comecou realmente quando entramos na parte de gravilha com os penhascos gritantes na borda da trilha. Com o tempo húmido, muitas vezes a chover mesmo, a descida foi uma das 7 maravilhas da minha vida com certeza! A adrenalina constante, o piso escorregadio, as pedras rolando, o som dos pneus a percorrer a trilha... que espectáculo. Sempre atrás do Christian a picá-lo eheh. Faltam-me realmente as palavras para descrever esta aventura. Como a minha irma diz, as boas experiencias sao mesmo para partilhar. Estava mesmo com necessidade de escrever este post. Desculpem aos demais mas realmente as principais pessoas em que pensei foram a minha irma Rita e cunhado André (que se iam PASSAR com isto, tenho a certeza), Godinho (amigo de muitas e muitas voltas de giga durante a adolescencia e que me deram aquela experiencia e a vontade para poder tirar o máximo partido da descida) e Sebas (por causa dos relatos da descida de Alvarenga que tantas vezes estivemos para ir, mas nunca se concretizou).
A medida que descíamos, a temperatura aumentava e ficava mais fácil de respirar. Iamos fazendo pausas para comer algo e algumas fotografias. Felizmente consegui chegar ao final sem cair mas as quedas foram várias pois o piso estava traicoeiro. Uma delas, o Jonathan, mesmo a minha frente. Esteve bem pois enrolou-se logo e soube cair bem. Felizmente nao foi perto da ravina.
Destaque 1: a parte final com partes elameadas que o rolar da roda faziam com que os meus olhos se enchessem de terra. Cascatas a cairem em cima da nossa cabeca e partes com 10 cms de água que passavamos a abrir para nao parar.
Destaque 2: as constantes cruzes e flores ao longo do caminho que nos faziam lembrar que apesar da diversao da descida, o perigo era real e estava ali ao nosso lado.
De Cumbre (4700 metros) a Coroico (1200 metros) foram 67 kms no total e mais ou menos 5 horas a descer.
No final, um banho médio quente e um Almoco ajantarado buffet que soube muito bem - toda a gente a repor energias como se nao houvesse amanha. Troca de contactos e uma tertúlia internacional de vários assuntos - tudo boa gente.

Uma experiencia única. Recomendo a todos os que venham a La Paz - NAO PERCAM!

Amanha vou para o Peru ter com o Carlos (amigo conhecido no Rio de Janeiro) e em principio conseguirei postar todas as fotos.

Saudacoes para todos na esperanca de que experiencias tao boas como esta se repitam.

Até já!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Viagem para St.Cruz e estadia e chegada a La Paz

Comecei a viagem sozinho (para responder à minha sister Caxixi) e logo no início encontrei dois suecos que têm acompanhado... Mais parecem argentinos porque estam há muito tempo na América do Sul e viveram em Córdoba. Viagem para st.Cruz - Surreal... Paragem para ir à casa-de-banho - um descampado imenso... Entre a fronteira e St.Cruz é como um deserto de selva... Nao existe quase nada! Entao a malta faz as suas necessidades ali na beira da estrada! St.Cruz foi uma surpresa. As minhas espectativas eram muito baixas, o centro é bonito mas tudo o resto é sujo e desorganizado - à imagem do paìs. Os suecos conheciam pela internet, através do site couchsurfing uma boliviana que nos levou a conhecer aquilo. Foi muito bom. Gente com alguma formacao e culta. Levaram-nos durante a tarde de domingo a uma festa boliviana típica, tipo S.Joao com musica mt mt má!!! Tipo salsa e isso... surreal! Next day rumamos a La Paz. Estamos num hostel incrivel barato com muita gente um bar really nice com boa música. Amanha vamos descer de bicicleta a "estrada da morte" - 72 kms a descer uma estrada com vistas incríveis. Falarei no próximo post. Desculpem a pressa mas é complicado - you know.
Desculpem também os constantes estrangeirismos mas tenho falado muito inglês e bastante espanhol - o que tem sido óptimo. Uma das maravilhas de viajar é de facto a prática das línguas e a troca de culturas. Conheco muito melhor agora a Suécia!

Abraco a todos com saudades mas com vontade de viajar um ano inteiro!
Deixo fotos para depois está mt complicado!!

Até já!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Puerto de Quijarro

19h27 horas locais. Escrevo este post de Puerto Quijarro, cidade da Bolívia perto da fronteira com o Brasil. Foram 29 horas de camioneta que deram para dormir muito e ler bastante. A viagem foi pacata e fez-se bem. O objectivo era chegar à fronteira e apanhar logo um onibus ou comboio para Santa Cruz mas nao foi possivel porque já estava cheio. Antes disto aquela ansiedade normal com os controlos da polícia federal. Já queriam que pagasse uma multa qualquer que acabei por me safar... no meio desta azáfama acabo por conhecer dois Suecos na mesma situacao que eu e querendo ir tambem apanhar logo o onibus para santa cruz. Nao conseguimos e compramos "bolete" (em boliviano) para manhana! Acabamos por ficar juntos e procurar um sitio para dormir. Acabamos por passar o dia juntos e arranjamos um quarto triplo por 25 bs (bolivianos) cada um. O que dá um total de 2,87 euros para dormir num sitio mais ou menos decente. A seguir procuramos algo para comer - pratada de frango, arroz e batatas por 10 bs - pouco mais de um euro! A cidade... indescritível! Parece que caiu ontem uma bomba aqui. Estradas com alcatrao só vi uma ainda e daquelas cheias de pó. Tudo o resto sao caminhos de terra com ervas daninhas a nascer em todo lado. As construcoes parecem todas inacabadas e as lojas/restaurantes nao se percebem o que sao.. por fora parecem garagens com pessoas la dentro e umas mesas de plastico ca fora. É preciso entrar para perceber... Saneamento nao me parece que haja. Surreal mas ao mesmo tempo a cidade transmite algum conforto, uma sensacao de que está tudo em família na rua a cortar batatas ou a dar de comer a um cao vadio. Tenho fotografias comigo mas nao tenho aqui o cabo comigo... vou tentar divulgar depois. Entretanto o Jonathan e o Joel ficarao comigo até pelo menos Santa Cruz, depois logo se vê. Estao a viajar desde Setembro por Chile, Argentina, Brasil e Bolívia. Pelo meio trabalharam em alguns Hostels para ganhar algum dinheiro para continuar a viagem. Amanha partimos entao para Santa Cruz numa viagem de 15 horas que, embora mais curta, se adivinha mais difícil pelas condicoes em que iremos viajar... ja deu para ver o aspecto dos onibus, alias agora sao busus em boliviano.

Até Já!

p.s. nao liguem ao acentos e cedilhas porque este teclado boliviano nao parece ter disso...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quase... Finalmente!

Depois de alguns entraves que me fizeram adiar a partida, finalmente vai começar a viagem. Bolíva, Peru, Chile e Argentina são os targets... Em breve estarei de partida. Vou tentar, dentro do possível, manter o blog actualizado para me acompanharem, ainda que virtualmente, nesta aventura.


América do Sul

Até já!

Parabéns Rodrigo!!!

Custa-me não estar neste dia com o meu afilhado e sobrinho. Tenho saudades dele. Como não lhe posso dar nada físico daqui, deixo-lhe aqui um beijinho de parabéns e a certeza que não o esqueci! Ainda não lê, mal fala, mas fica assim aqui o registo eternizado.

Apresento-vos o galã Rodrigo ;)



Parabéns miúdo!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Imagens soltas

Com a nossa estadia a chegar ao fim começamos a dar mais valor aos pormenores, ao que vemos na rua e começamos a perceber como estamos perto do fim. Por esta altura estamos agora a embarcar todos para uma viagem da América do Sul.

Deixo-vos algumas imagens de Ipanema...





Fredy e Cuco

Este post vem um bocado atrasado mas não podia deixar de vir... Frederico Gonçalves e Pedro Fontes deram-nos o privilégio da sua companhia nestes tempos últimos de Rio de Janeiro. Fredy, mora neste momento nos Estados Unidos e abdicou do Natal com a família para vir passar o Natal connosco e ano novo. Cuco chegou dia 26.

O Cuco já conhecia bem a peça e é um amigo com provas dadas, o Fredy foi uma agradável surpresa, conhecia-o de "Como é que é tasse bem..? ah e tal surfzinho.." e foi realmente a par do Cuco uma excelente companhia. Não deram descanso à cidade maravilhosa... Bons tempos passados. Forte abraço aos dois e até já.



Os últimos hóspedes oficiais do 201 da Visconde Pirajá...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feliz 2010!

Infelizmente os registos fotográficos do reveillon ainda não me chegaram às mãos, apenas uma foto. Muito rapidamente, jantar Pré-Meia-noite em casa da Ritinha, Mi, Sofia, Ana, Xica e Ariana, fica aí a foto:



A seguir rumamos a copacabana para passar a meia-noite embarcando numa viagem emblemática. Aparentemente ao entrar tudo parecia dentro da normalidade... rapidamente o ônibus se transformou em autocarro e o Flamengo no F.C.Porto! Salvo raras e resistentes excepções (deixem-se de benfiquisses) toda a gente era tripeira e portanto tivemos que tomar conta da ocorrência à moda do Porto carago! Cânticos e coreografias foram o entretenimento até Copa! Saindo do transformado ônibus rumamos navegando por entre milhares de pessoas até à praia junto ao mar, guiados por esta bandeira verde que viram na foto. Um espectáculo incrível de fogo de artíficio foi-nos presenteado enquanto brindes, saudações, pés com areia, pés molhados, abraços, gritos, choros, palavras soltas, ocorriam... a partir daí a noite decorreu e a mim deu-me uma dor de cabeça gigante que me fez logo vir pa casa e perceber que estava a arder em febre... este episódio, juntamente com uns episódios importância menor relativos à casa/senhorio culminaram num daqueles momentos menos bons mas como já vos disse - O que não me mata, fortalece-me!
Até à data ainda não estou 100% recuperado... mas para lá caminho e espero que tenha sido apenas uma nuvem passageira neste (já) nosso maravilhoso céu, e o sol não tarde a reaparecer em força!

Até breve.

Momentos não passam de momentos...

A vida é feita de momentos. Uns bons, outros maus.

A felicidade que toda a gente procura incessantemente é por definição um momento, uma boa notícia, um feito, uma conquista, um ganho, um orgulho, um sorriso, uma vitória! Mas será sempre instantânea e rápida, como as mousses de pacote.
Não quer dizer que por isso que não valha a pena procurar esses ditos momentos - vale! No entanto, só valerá verdadeiramente a pena se tivermos esta consciência da brevedidade de um instante. Nada é eterno e tudo tem um fim - frases feitas que se aplicam tão bem aqui. Assim, o que realmente importa é rodar ligeiramente a cabeça, esgueirar o sobreolho por cima do ombro e observar o que se passou atrás de nós. Analisar o nosso percurso (definido por vários momentos consecutivos) e acreditar que realmente o que construímos serviu de alguma coisa e acima de tudo que os momentos de felicidade foram muitos mais que os de tristeza. Dar valor aos bons momentos...

A boa notícia é que o mesmo se aplica precisamente aos momentos de tristeza! A ligeireza de um instante é aplicada pelo Tempo da mesma forma directa e implacável.
E ainda há outra nota muito positiva em relação a estas alturas menos boas: a força que nos arrasta para baixo e nos deixa tristes não é nada comparada com a força que nos levanta e nos faz sair mais fortes e reforçados destes momentos! Além disso, a felicidade nua e crua só existe depois da tristeza profunda e cruel.

Afinal... o que seria dos bons momentos sem os maus?