sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Não há rock como em Portugal

Hoje fomos a um bar/disco na lapa onde deu um cheirinho de rock... Muse, Kaiser Chiefs, Franz Ferdinand... mas muito ao de leve.
Cheguei agora a casa... Já está cedinho.

Meus caros, não há nada como uma bela noite de tendinha!!!
Que saudades dessas noites de amigos, Paz e BOM som. Sim, porque funk, samba, reagge tem o seu encanto mas aquelas noites de rock são míticas...

*Forte abraço a todos os companheiros de rock*

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Trilha Corcovado

A Floresta da Tijuca, integrada no Parque Nacional da Tijuca, é a 3ª maior floresta urbana do mundo, com 39,51 km2! Situa-se no coração da cidade do Rio de Janeiro e apresenta uma imensa variedade vegetal e animal. Um dos principais pontos turísticos deste parque é o morro do Corcovado e no seu topo, o Cristo Redentor.



Este Sábado fui ao Cristo, mas na realidade o que me levou a ir não foram convicções religiosas ou turísticas. Quis ir porque na sexta à noite me fizeram uma proposta que não podia recusar: fazer a trilha do corcovado, que começa no jardim botânico praticamente à cota 0 e termina no Cristo Rendentor a 710 metros de altura. O autor do convite foi o Henning, um alemão que conhecemos cá, e me ligou porque já me tinha ouvido a falar sobre fazer umas trilhas. Ele, o irmão alemão, uma alemã, 3 franceses e eu.


Irmão do Henning, Henning, Eu

Cedo percebi que não estavam muito informados acerca da trilha. Tinha lido na internet que a trilha era pesada e tomaria cerca de 2 horas. Mal entramos no jardim botânico perguntamos onde era o início da trilha e um guarda florestal acompanhou-nos até ao início enquanto nos debitava conselhos, histórias e precauções. O homem fez-me lembrar John Rambo. Tinha uma voz grossa e falava bem, com uma certa pinta, vestia uma farda apetrechada de equipamento, facas, bússola, grandes botas, e como não podia deixar de ser uma cicatriz na cara, que apesar de não ser bonita lhe dava aquela credibilidade de homem experiente e "bicho do mato". Enfim, uma velha Lenda. O parque é rico em espécies animais entre elas, jararaca, como ficamos a saber. Uma cobra que pode ter uma picada mortal se não for tratada a tempo. Depois de uma exposição que nos deixou algo apreensivos, (com direito a relatos de corpos sem vida transportados do meio da floresta aos ombros, e aventuras de turistas que correram menos bem) proseguimos por entre a densa floresta...


Francês a transpor uma zona mais complicada...


Cascata natural

Imaginei uma trilha com caminho mais ou menos bem definido mas o percurso é quase sempre fechado com mata densa. Vimos dois Sagüis, uma espécie de macaco do tamanho de um cão pequeno. Confirmaram-se as 2 horas de subida com destaque para o acentuado declive de várias zonas. Ao chegar... a recompensa! Hora de maior calor e o vemos o Cristo Iluminado pelo forte sol. Apesar do calor, quando chegamos lá em cima apercebemo-nos das nuvens que rodeavam a Lagoa Rogrigues de Freitas, Ipanema e zona de Botafogo. Depois de descansarmos um bocado e almoçarmos as nuvens subiram aos 710 metros e o Cristo ficou ofuscado pela neblina, altura em que apanhamos um ônibus e descemos até casa.


No fim da trilha o encontro com a linha do "bondinho"


A chegada!


O Cristo envolto na neblina...

Não foi o melhor dia para ver as vistas mas foi sem dúvida a melhor forma de chegar lá em cima num bom dia para caminhar.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Corrupção

Cada vez mais percebo como as Vans são ricas em histórias e oportunidades de conversa. Ainda antes da viagem, hoje no fim das aulas, apanhei uma conversa entre uma rapariga e um rapaz da minha turma. Nunca imaginei que a mesma seria o início de várias conversas acerca do mesmo tema. Corrupção.
Entro na Van na zona da frente, onde se senta o condutor e dois passageiros, eu e uma rapariga negra. Prosseguimos o caminho, desta vez bem sentado e com cinto, até que na zona centro da cidade ouço o condutor proferir algumas palavras que não percebi. Tiro os phones dos ouvidos e pergunto-lhe o que se passa... "Teve roubo de mota... e quem rouba mota cá, não tem grana que safe a prisão" olho para a frente, e vejo uma parada de carros de Polícia a revistarem 6 ou 7 motas e seus condutores. Peço explicações e o homem explica-me que no Rio agora está na moda este tipo de roubos. Daí, partimos para uma conversa intercontinental. Fico a saber que a rapariga era Angolana a estudar microbiologia cá e o motorista carioca que comprou a Van e trabalhava todos os dias a guiar pela cidade. No meio da conversa percebo como o homem estava ansioso por partir. Sair do Rio, "Morar, trabalhar, viver tranquilo" como ele dizia. Muito perigoso, todo o dia tem assalto. Contrapus com a seguinte ideia: "Cara, tou sentindo que os visitantes e estrangeiros que vivem cá temporariamente acabam gostanto mais do Rio que os próprios cariocas". Isto porque não sentimos as elevadas cargas fiscais, a corrupção em todos os serviços, policia, governo, no fundo todas as componentes que fazem a cidade funcionar. Lembrei-me do que já vi, motoristas a largar o telefone quando vêm a polícia, a pôr o cinto à pressa com medo da polícia. Não é medo de serem autuados mas sim do dinheiro que terão de desembolsar para se verem livres "deles". Dou por mim, e percebo como a corrupção afecta todo o sistema neste país. Relembro a conversa que ouvi no fim da aula... A Erika, rapariga da minha turma, a perguntar a outro colega se não queria assinar uma petição para alterar uma lei. Alteração essa que visava a interdição de políticos com acusações do ministério público de se candidatar a novos cargos. Neste país tudo se negoceia, sempre se arranja um jeito...Continuo a conversa com argumentações da política em Portugal e como tudo está menos à vista e apesar de tudo com menor intensidade. Ouvimos algumas posições angolanas não muito claras, "a jogar à defesa" penso para mim. Mais lamentos cariocas, reformas, impostos, enfim...
Pago os 2,5 reais e agradeço a conversa e mais uma reflexão dentro de uma Van, espaços priveligiados para grandes pensadores contemporâneos. Desta vez, pensamentos em voz alta e com direito a resposta do outro lado.

E como "Gringo" que sou, continuo a defender esta perigosa mas encantadora cidade.

Maravilhosa

domingo, 13 de setembro de 2009

Gogol Bordello



Sábado.
Vocalista do grupo Gogol Bordello a cantar no "cine-lapa" um barzinho pequeno na lapa. Este Homem já deu concertos em Portugal com milhares de pessoas e aqui no Rio apanhamo-lo a dar um grande concerto num pequeno bar.

Grande Som

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Penha - Ipanema | Via Perimetral

Quarta feira. 17h30. Saio das aulas e sinto o dia já na penumbra... apanho uma van com sorte que já ia cheia. "Só tem banquinho" diz-me o neguinho. Quando as vans já vão cheias nos lugares normais, com cintos, almofadados, então eles usam os tais banquinhos de plástico que os colocam nos espaços vazios. Assim conseguem ganhar mais uns reais extra. Pensei, vi que não havia mais vans prontas a sair, dia a acabar, entrei. Nos primeiros metros não me consegui abstrair do facto de ir no banco de plástico, de costas, colado ao vidro da porta lateral e com as costas as bater num banco normal de cada vez que o homem travava... e não eram poucas. Entramos na linha vermelha, (via rápida, ladeada de favelas) e a minha ligeira preocupação com a minha posição sentado na van desvaneceu-se. Ia bem encostado ao vidro, mp3 nos ouvidos, apercebi-me das imagens e filmes que rolaram no meu pensamento. Lusco Fusco... eram cerca de 5h50, devoro com o olhar uma favela a 100 metros de mim. Morro alto e uma rua bem íngreme que subia do pé da favela ao cume. Carros podres, molequinhos na rua, algum lixo, poeira. A estrada curva e rodeia a cena até ao ponto em que vejo o morro recortado pela luz do sol. Por telhados feitos de chapa, tijolos, roupas a secar. Um quadro único em que a desorganização e irregularidade do perímetro visual da favela me fizeram esquecer o dia pesado que tive até ao momento. Muita injustiça social. "O meu pai pintava esta aguarela". Precisaria de muitas cores tais eram as divergências visuais. Até o transito parou, não para contemplar a cena mas porque era hora de ponta. Mais à frente entramos na zona do centro e registo as diferenças. Grandes edifícios, mudança total de cenário. Metrópole sul americana que mais parecia europeia, no meio da confusão do transito grandes elevações coloridas e de repente um prédio gigante com grandes letras: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Que cidade contraditória... Mais à frente ... HOTEL MUNDO NOVO escrito com letras verdes, cor da esperança. Simbolismos vazios de conteúdo. Mais à frente começo a ver um desfile de shoppings e depois entro na rua Barata Ribeiro, Copacabana. Uma rua comprida cheia de comércio e consumismo latente.

Chego a casa e percebo como tenho sorte.
Sorte em poder estar aqui em intercambio e ter noção das diferentes realidades que me rodeiam.

Talvez se toda a gente, mesmo que apenas por breves momentos, desse mais atenção ao que nos rodeiam, talvez então tivéssemos um mundo melhor...

#Por1MundoMelhor

domingo, 6 de setembro de 2009

Os 7



Uma noite tranquila num bar aqui em Ipanema. Cerveja, conversa fiada, boa companhia e muita história =)

Zezeca e "Carlitos" Titão

As duas primeiras visitas oficiais a entrarem no 201 da Visconde Pirajá! Dois viajantes cheios de histórias e relatos infindáveis dos 5 países da América do Sul onde estiveram durante quase 2 meses.



Bem Vindos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma Segunda e uma Terça no Rio

Dois Dias cariocas perfeitos:

Segunda e Terça dias idênticos...
Acordar cedo (por volta das 6h) tomar um bom "café da manhã" (pequeno-almoço) em casa.
Aulas às 7h30, sair por volta das 12h... apanhar com o Ferrão a "Van" (tipo monovolume) estar em casa às 13h almoçar alguma coisa rápida, pegar numa maça e sair directo rumo à praia. Chegar ao nosso spot na praia (já temos um local na praia combinado entre o pessoal que está cá), encontrar a malta e ir jogar Altinha - desporto muito praticado por cá na praia. A malta põe-se em rodinha e joga-se futebol como se fosse vólei.. bola sempre no ar e não vale mãos... inclui ataques e defesas, tal como no vólei se ataca de vez em quando e o outro recebe em manchete. Damos por nós e estamos há quase uma hora a jogar aquilo... alternando com uns banhos maravilhosos a água está excelente... Carreirinhas também são já são um hábito. "Surf de peito" BodySurf, surfar as ondas com o corpo apenas, ficamos muito tempo na água entretidos. Claro que ao fim da tarde há sempre espaço para um pouco de capoeira e uns saltos...


Olha aí o mestre Saladas. eheheh
A praia à semana é deliciosa porque há mais espaço, a praia está mais tranquila e têm estado dias de sol muito bons. Sair da praia, passar na barras (tem sempre barras ao longo do calçadão) puxar umas elevações e ir a pé para casa - 5 minutos sempre sem t-shirt. Chegar a casa, horinha relax nos pcs a actualizar-nos a beber uma Cervejinha ou Cola, banhos, depois preparar o jantar (já agora fica a ementa de ontem e hoje, almondegas com puré e lombo de porco assado com batatas e arroz, só para vos deixar água na boca) e dou por mim a escrever-vos aqui na sala, de calções e tronco nu e janela da sala toda aberta, 00h20. Finalmente o descanso no quarto a ler ou ver uma série.


Cidade Maravilhosa - percebem o que vos digo?


03 - GROOVE BOM.wm...