terça-feira, 22 de setembro de 2009

Trilha Corcovado

A Floresta da Tijuca, integrada no Parque Nacional da Tijuca, é a 3ª maior floresta urbana do mundo, com 39,51 km2! Situa-se no coração da cidade do Rio de Janeiro e apresenta uma imensa variedade vegetal e animal. Um dos principais pontos turísticos deste parque é o morro do Corcovado e no seu topo, o Cristo Redentor.



Este Sábado fui ao Cristo, mas na realidade o que me levou a ir não foram convicções religiosas ou turísticas. Quis ir porque na sexta à noite me fizeram uma proposta que não podia recusar: fazer a trilha do corcovado, que começa no jardim botânico praticamente à cota 0 e termina no Cristo Rendentor a 710 metros de altura. O autor do convite foi o Henning, um alemão que conhecemos cá, e me ligou porque já me tinha ouvido a falar sobre fazer umas trilhas. Ele, o irmão alemão, uma alemã, 3 franceses e eu.


Irmão do Henning, Henning, Eu

Cedo percebi que não estavam muito informados acerca da trilha. Tinha lido na internet que a trilha era pesada e tomaria cerca de 2 horas. Mal entramos no jardim botânico perguntamos onde era o início da trilha e um guarda florestal acompanhou-nos até ao início enquanto nos debitava conselhos, histórias e precauções. O homem fez-me lembrar John Rambo. Tinha uma voz grossa e falava bem, com uma certa pinta, vestia uma farda apetrechada de equipamento, facas, bússola, grandes botas, e como não podia deixar de ser uma cicatriz na cara, que apesar de não ser bonita lhe dava aquela credibilidade de homem experiente e "bicho do mato". Enfim, uma velha Lenda. O parque é rico em espécies animais entre elas, jararaca, como ficamos a saber. Uma cobra que pode ter uma picada mortal se não for tratada a tempo. Depois de uma exposição que nos deixou algo apreensivos, (com direito a relatos de corpos sem vida transportados do meio da floresta aos ombros, e aventuras de turistas que correram menos bem) proseguimos por entre a densa floresta...


Francês a transpor uma zona mais complicada...


Cascata natural

Imaginei uma trilha com caminho mais ou menos bem definido mas o percurso é quase sempre fechado com mata densa. Vimos dois Sagüis, uma espécie de macaco do tamanho de um cão pequeno. Confirmaram-se as 2 horas de subida com destaque para o acentuado declive de várias zonas. Ao chegar... a recompensa! Hora de maior calor e o vemos o Cristo Iluminado pelo forte sol. Apesar do calor, quando chegamos lá em cima apercebemo-nos das nuvens que rodeavam a Lagoa Rogrigues de Freitas, Ipanema e zona de Botafogo. Depois de descansarmos um bocado e almoçarmos as nuvens subiram aos 710 metros e o Cristo ficou ofuscado pela neblina, altura em que apanhamos um ônibus e descemos até casa.


No fim da trilha o encontro com a linha do "bondinho"


A chegada!


O Cristo envolto na neblina...

Não foi o melhor dia para ver as vistas mas foi sem dúvida a melhor forma de chegar lá em cima num bom dia para caminhar.

4 comentários:

  1. Ai ai ai...

    Nunca pensei k isto fosse tão louco! Só agora é me apercebi da real aventura!

    Que maravilha. Mais uma vez...grande cidade!!!

    Beijo gigante

    Peace

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  2. A vida é uma escola, através da qual vamos adquirindo, desenvolvendo e transferindo saberes...alguns dos quais não valorizamos até ao dia em que nos fazem jeito!

    Ainda eras uma criança e já acumulavas na tua "bagagem de saberes" competências que agora aplicas!

    O que te valeu foram as horas que passaste em frente à TV a ver o RAMBO I ou II ...sim aquele em que ele, após uma fuga arriscada, dá pontos no golpe fundo do braço recorrendo à sua fiel faca de mato e um cordel, que retirou do saco de batatas desfiado que lhe servia de camisola (naquela altura não havia kits costura)...

    Para além deste herói existiram outros...

    Mas não nos esqueçamos também da aventura em terras transmontanas mais especificamente a descida (ou terá sido subida) do RIO ANGUEIRA. Esta sim! Vivenciada na 1ª pessoa e com direito a Mestre e diários de bordo!

    Bj
    Ju caxixi

    ps: encontraste alguma espécie de roedor?

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  3. Ups!
    Esqueci-me que nesta época do ano as lebres e seus familiares estão em fase de hibernação! Jamais poderiam ser vistas na Tijuca...

    Ju caxixi

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  4. Ahahah... muito bom!! Ri-me muito com este post mestre caxixi, irmã e madrinha. Outrora um ídolo, agora uma referencia e conselheira.

    Bjs

    P.S. Lebres ainda não vi por cá... nem sequer dão sinais de vida... ando sempre de caçadeira ao ombro, não vá algum dia passar por aqui pelo blog, era logo lebre assada para o jantar =)

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