sábado, 5 de dezembro de 2009

Rocinha

5h da tarde na praia de ipanema com a malta e a Paz... comentário da Paz: "Adorava ir à Rocinha, já combinamos com eles (Freitas e João Maciel meus companheiros de casa e de vida carioca) mas aposto que se vão cortar que chatice..." Passado uns momentos: "Pessoal como é? Siga à Rocinha amanhã ou não?" Alguém diz, "Porque não vamos agora?" dito e feito. Fomos a casa e rumamos a uma das favelas mais conhecidas do Rio de Janeiro. O objectivo era ir ao bar do Belo no topo da rocinha com as melhores vistas de sempre... Os nossos dois "guias" já referidos já lá tinham ido. Lá fomos de Van até ao pé do morro e da favela. Chegando lá, apanhamos um moto-táxi para chegar lá em cima... E que subida. Só existe uma estrada que atravessa a favela toda e portanto num dia ao fim da tarde pode imaginar-se o trânsito que não tem... passam lá ônibus, vans, carros e moto-taxis. Uma verdadeira odisseia esta subida. Bem agarrado cada um com o seu motorista parecia uma corrida a ver quem chegava primeiro... no meio daquele perigo iminente e vertiginoso tentei abstrair-me e olhar à minha volta. As casas, o comércio, as pessoas, tentar perceber como aquela gente vive ali. Sem palavras. Chegando lá em cima, ainda meio quente da viagem de moto sem capacete absolutamente surreal que tínhamos todos acabados de fazer nada melhor do que uma cervejinha para relaxar e aproveitar as vistas num fim de tarde fabuloso. O café para além de um balcão, tinha lá dentro um carro podre, uns matraquilhos, uma mesa de cartas e uns quantos caixotes. Pedindo as cervejolas, o João pergunta se não podemos subir..? Depois de passarmos por um piso intermédio que servia de armazém, com as paredes inacabadas, com os varões de aço a sair de fora de um betão de alguns pilares de dimensões imprecisas e variadas... chegamos ao terraço do bar. E quando digo terraço é literalmente um terraço. Não pensem numa cobertura com varandas de metal e cadeirinhas e uma mesa com guarda-sol. As varandas não existiam, as cadeiras eram dois tijolos, e a mesa um depósito de água antigo que serviu para o efeito. Meia hora de fotografias e contemplação pura, nua e crua. Depois desta intensidade toda, o rumo não poderia ser outro senão um mergulho na praia de ipanema, já de noite, já em território neutro e com a alma descomprimida.
Ficam aqui para todos vós alguns registos fotográficos entre eles estão duas montagens protagonizadas por Pedro Freitas no topo da Rocinha e outra já na praia de ipanema por Maria da (minha) Paz. Qual delas a melhor não sei dizer... Deliciem-se!







E as duas obras-primas:




Uma palavra final de agradecimento ao Freitices e ao Maci que nos acompanharam a este lugar maravilhoso. Gostava de falar mais do que vi, do que senti mas realmente nesta altura faltam-me as palavras para descrever este momento.

3 comentários:

  1. Incrivel... é mesmo incrivel... a tuas palavras e as imagens são por si só uma viagem esmagadora às entranhas do Rio... com tudo o que tem de belo e de bruto...
    Grande abraço!

    Lessa

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  2. em grande jaime... tb quero umas aventuras dessas quando aí chegar. Não esgotem o stock. grande abraço, daqui a menos de 20 dias estou aí...ehehee

    Cuco

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  3. eheh.. não te preocupes cukinho. Esta cidade não esgota!! Renova-se a todos os momentos e não vai para de te surpreender. Os programas não vão faltar...

    Grande abraço e até já!!!

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